DOOM: The Dark Ages – Quando a brutalidade medieval encontra o metal das galáxias| Review
- Paijack
- há 1 dia
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DOOM: The Dark Ages (acesso antecipado) - Ginger 7
Plataforma Avaliada: Xbox Series S
Por: Pai Jack
Você já se perguntou como seria se o Doom Slayer fosse jogado na Idade Média com uma armadura de titânio e um escudo que mais parece um liquidificador de demônios?
DOOM: The Dark Ages responde essa pergunta com um chute no peito e uma trilha sonora que parece ter sido composta por um anjo caído com uma guitarra flamejante.
Essa nova entrada da franquia não quer saber de sutileza. Ela quer que você se sinta um deus da guerra medieval em um universo onde demônios, tecnologia e brutalismo arquitetônico colidem em ritmo de blast beat.
Enredo e Personagens em DOOM: The Dark Ages
Se você veio atrás de uma história complexa, cheia de diálogos existenciais e nuances morais… amigo, você abriu o jogo errado. Aqui, a narrativa é mais um pano de fundo estiloso do que um tratado filosófico. E tá tudo bem. O Slayer, mais uma vez, está de volta para resolver tudo na base do grito (silencioso, porque ele nunca fala) e da marretada giratória.
O tom é mais sombrio que o de DOOM Eternal, mas sem perder aquele charme absurdo de estar levando a cruzada demoníaca muito a sério. Você encontra figuras como o “Grão-Inquisidor” e criaturas que parecem saídas de um bestiário satânico ilustrado por um metaleiro de 16 anos. E cada nova área que você visita parece ter sido desenhada com a seguinte instrução: "coloque mais crânios, por favor".
Jogabilidade
Imagine o combate acelerado do jogo anterior da série, mas com mais peso, mais impacto, e – acredite se quiser – um escudo que você pode lançar como se fosse o Capitão América endemoniado. Esse jogo faz você se sentir não só poderoso, mas quase injusto com os pobres demônios.
As armas continuam sendo um show à parte. A Motosserra voltou (óbvio), mas agora tem companhia: o Maul of Agony, um martelo gigante que vibra no seu controle como se estivesse possuído. Há uma cadência nova nos combates, mais "pé no chão", mas ainda frenética. E quando você monta um dragão mecânico e sobrevoa fortalezas cuspindo fogo, a sensação é de que o jogo apertou o botão de "vamos deixar isso épico demais".
Gráficos e Som
Visualmente, The Dark Ages é um colosso de direção de arte. Cada pedra esculpida parece ter sido lambida pelo inferno. O estilo medieval não é só um skin: é um conceito que permeia tudo, das armas às construções, dos menus aos efeitos sonoros.
E quanto a trilha sonora, se em momento nenhum você sentir a vontade de esboçar um head banger é por que está jogando com o som baixo. Mick Gordon não está de volta, mas o espírito dele paira ali – e os novos compositores fizeram questão de manter a pegada visceral. Cada música parece dizer: "mate com estilo, e depois mate de novo".
Rejogabilidade e Duração
Joguei por 10 horas e mal arranhei a superfície. Esse jogo não é só comprido – ele te chama pra voltar. As fases são densas, cheias de segredos, desafios opcionais e modificadores que mudam completamente o ritmo de combate.
Tem também o modo Slayer Trials, onde você revisita arenas com condições malucas tipo "só pode usar o escudo" ou "todo inimigo explode em ácido". E, sinceramente? É viciante. Mesmo depois de terminar, você vai querer voltar só pra detonar demônios de um jeito mais estiloso. Porque aqui, matar não é o objetivo – é a arte.
Multiplayer e Comunidade
Ainda em construção na versão antecipada, mas o modo Crucible Arena promete um PvP assimétrico entre Slayers e monstros, no estilo "esconde-esconde mortal". Os testes que joguei foram caóticos, engraçados e meio desequilibrados (a favor do Slayer, claro), mas com potencial enorme.
A comunidade já está criando mods e teorias, como sempre. Aparentemente, tem gente achando que um dos chefes é parente do Icon of Sin. Internet sendo internet.
Conclusão
DOOM: The Dark Ages é a prova de que a franquia sabe evoluir sem perder a alma (e sem te deixar em paz por cinco segundos). É bruto, exagerado, hilário e elegante à sua própria maneira brutalista.
Se você procura um jogo que te faça sentir como se estivesse abrindo um portal para o inferno a cada passo – com uma trilha sonora que faz seu vizinho pensar que você abriu uma igreja do metal – este é o jogo. Frase final: Prepare o escudo, ajuste a armadura, e comece a esmagar. O inferno não vai se destruir sozinho.
Notas
● Gráficos: 9,5
● Jogabilidade: 10
● História: 7
● Som: 8,5
● Rejogabilidade: 9
● Nota geral: 9,1/10
Agradecemos a Bethesda Brasil por disponibilizar a chave de acesso antecipado.
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